Métrica (Slammed #1), por Colleen Hoover | Resenha
Título: Métrica (Slammed #1)
Autor (a): Colleen Hoover
Editora: Galera Record
Páginas: 304
Ano: 2013
SKOOB | AMAZON
Nota: 3,5/5
A trilogia Slammed, que se inicia com o livro Métrica, conta a história de Lake, uma jovem estudante do ensino médio que acaba de perder o seu pai e se muda para o Michigan por questões financeiras com sua mãe Júlia e seu irmão mais novo Kel. A personagem principal se vê na obrigação de oferecer suporte a sua família e procura se manter sempre de cabeça erguida, embora a saudade do pai ainda corroa sua alma.
A situação muda quando ela conhece Will, seu vizinho e irmão mais velho de Caulder. Caulder logo se torna um grande amigo de Kel e essa amizade é a responsável por aproximar as duas famílias. No decorrer do livro, Will vai se aproximando de Lake, que aos poucos se vê envolvida em olhares, diálogos e situações cotidianas com o rapaz que parece entendê-la como ninguém.
O que dá um novo rumo ao enredo, porém, é o segredo que Will guarda sobre si mesmo e seu passado doloroso, que poderá impedi-lo de construir uma história com o grande amor de sua vida. Quanto a isso, o livro me surpreendeu, pois foi bastante direto e logo nos primeiros capítulos revelou o “grande mistério”, que sinceramente, me deixou bastante decepcionada.
Métrica é um livro que eu desejei
ler por muito tempo e foi o meu primeiro contato com a escrita da autora Colleen
Hoover, uma das favoritas do mundo literário. Infelizmente, minhas expectativas
com a escritora e o livro foram frustradas, embora de fato, haja aqui uma
narrativa fluida e gostosa de ler.
Eu não senti muita simpatia pela
protagonista e acho que esse foi um dos fatores que mais me incomodaram no livro.
Apesar de entender a dor de Lake, achei que ela se colocou no papel de vítima
por diversas vezes por motivos um tanto fúteis. Ela me pareceu aquelas
personagens adolescentes emburradas com a vida de filme da Sessão da Tarde. Porém,
também não posso dizer que não senti piedade por ela em algumas situações e
isso me fez pensar a respeito da empatia que muitas vezes deixamos de sentir pelo
próximo.
Por outro lado, Will é um
personagem interessante, que foi bem explorado pela trama. Ele conseguiu ser
lindo, instigante e inteligente ao mesmo tempo, além de muito forte. Achei a bagagem
dele muito bem construída e estou curiosa para ler o segundo livro da trilogia
que é narrado por ele.
“- Você está morrendo?
- Acho que todos nós estamos, não é? – responde ela.
Os personagens secundários também
me cativaram bastante, especialmente a mãe de Lake, Júlia, e a melhor amiga da
jovem, Eddie. Elas tinham uma carga emocional e algumas vezes até com momentos bem-humorados
que me fizeram ficar instigada com a história. No final, todas as decisões e
diálogos que ambas tiveram no decorrer da trama tinham “um porquê”. Especialmente Eddie, que teve um passado interessante
e mesmo assim mostrou uma força surpreendente.
O ponto principal desse livro,
para mim, foi a brincadeira que ele fez com o slam. Para quem não conhece, slam
é um estilo de poesia que possui representação no palco por parte de seus
autores e geralmente trata de questões mais sérias e/ou pessoais. Aliás,
recomendo fortemente que vocês procurem por vídeos dessa prática cultural, pois
são de extrema importância para manifestações sociais hoje em dia.
No livro, há uma competição de slam que é realizada uma vez por semana
em um salão, que é onde boa parte da história acontece. É por esse motivo que o
livro se chama “Métrica”, fazendo referência a contagem silábica dos poemas. Como
o li em português, os poemas perderam muito o seu significado e essa foi uma
questão que me deixou bastante chateada. Acredito que os textos originais devam
ser extremamente bonitos e coerentes com o enredo.
“Porque tudo isso, toda ínfima parte, tudo é passageiro. Nada é permanente. A única coisa que todos temos em comum é o inevitável: todos morreremos um dia.”
De resto, Métrica é um bom livro,
porém esquecível. Não encontrei a grande reviravolta que a história promete e
ele termina com algumas questões em aberto que me incomodaram bastante. Espero
que esses questionamentos sejam esclarecidos nos próximos livros, especialmente
o segundo que é narrado por Will. Se você procura um romance gostosinho de ler
e sem grandes promessas, Métrica pode ser uma boa opção.
4 Comentários
Oi Joyce!
ResponderExcluirEu gostei muito desse livro quando li, inclusive nem li outros ainda da CoHo.
Não esperava uma grande reviravolta dele, e adorei a poesia slam, o drama e os personagens.
Bjs
http://acolecionadoradehistorias.blogspot.com
Oii, embora tantos pontos negativos, eu gostei muito do livro e pretendo ler. Fiquei bem curiosa com esse enredo e com o Slam que não conhecia e sou apaixonada por poesia.
ResponderExcluirJardim de Palavras
Oi Joyce, tudo bem? Eu li esse livro há algum tempo e foi meu primeiro contato com a autora também, adorei a trilogia. Talvez hoje algumas coisas me incomodariam no comportamento de Layken, como mencionou no post, mas me lembro de ter me encantado com Will que é o destaque e ter entendido o comportamento de Layken. Leia os próximos livros, tem muita coisa pra acontecer na vida deles e, talvez, irá mudar de opinião em relação a ela.
ResponderExcluirBeijos, Adri
Espiral de Livros
Acho que diferente de você, fui sem criar muitas expectativas e só descobri quem era a Colleen Hoover depois. Também fiquei triste por ler em português, perde o "tchan" dos poemas. Mas é um romance gostosinho, e a continuação é bem legal. Estou no fim de "essa garota". Beijinhos do @prototipoliterario
ResponderExcluir